Marte faz parte do imaginário das pessoas há décadas, servindo de tema a ficções literárias e cinematográficas que fascinaram diferentes gerações. Também tem sido objeto de desejo de ambiciosos empresários como Elon Musk e Jeff Bezos, que iniciaram uma corrida bilionária para ocupar o planeta vermelho. Mas a humanidade tem mesmo o direito de colonizar Marte? E, caso positivo, a quem interessa essa ambiciosa tarefa?
Com o mundo se movendo em direção a se tornar uma sociedade interplanetária, duas exposições - Moving to Mars no London's Design Museum e Designs for Different Futures no Philadelphia Museum of Art - abordam questões como ética, ansiedade e cultura material na vida na Terra e além.
Na primeira delas, um espaço apresenrta a popularidade de Marte, visualizando a futura chegada e sobrevivência da humanidade no planeta vermelho. Imagens do longínquo planeta são documentadas na segunda sala, apresentando um vídeo panorâmico de fotografias feitas pelo veículo Curiosity. Baseado na descrição da NASA sobre Marte, o perfumista francês Nicolas Bonneville desenvolveu uma fragrância que é liberada de tempos em tempos, enchendo a exposição com aromas de almíscar vulcânico e gengibre.
Na segunda exposição, na Filadélfia, uma grande câmara pneumática preenchida com água e ar muda de forma, cor e tamanho de acordo com a porcentagem de dióxido de carbono emitida no espaço pelos visitantes. 80 projetos de arquitetura, juntamente com experiências imersivas multissensoriais, estão espalhados por diferentes seções temáticas em todo o museu. Obra interessante é a da designer Alexandra Daisy Ginsberg, que produziu uma “paisagem perfumada” intitulada Resurrecting the Sublime, feita com a flora que habitaria a Terra caso não houvesse humanos em nosso planeta.
Para saber mais sobre as exposições e sobre o interesse da humanidade em Marte, leia o artigo Exhibitions on Both Sides of the Atlantic Ponder Future Life - on Earth, and Beyond, publicado pela Metropolis Magazine.